sexta-feira, 3 de julho de 2009

UM CONTO, NÃO CONTO!

DEVANEIOS FILOSÓFICOS CONTURBADOS DISTORCIDOS


Lúcia. Era assim que a chamavam e que ela estava acostumada a atender, a esquivar-se e não conseguir imaginar-se diferente de Lúcia, a Lúcia, sou Lúcia, e se me chamasse Thereza? Seria eu Lúcia?
Lúcia estranha para si mesma, vivia abstraída em lugar nenhum. O que está pensando Lúcia? Em tudo e em nada. Penso coisas que não sei que estou pensando não consigo atingir meus pensamentos, corro e eles correm mais, são tão desarticulados encontram curvas no caminho e lá penetram, encontram buraquinhos onde se escondem e eu não consigo encontrar, procuro, procuro e nada.. as vezes encontro pedacinhos desconexos e ai quando vou reproduzir o que encontrei, creio que falo do mesmo modo que os encontro, na forma de palavras distorcidas que ninguém entende. Mas amo tanta as palavras, por que elas fogem de mim?
Fogem não Lúcia, elas estão ai.
Lúcia quer ser tudo e fazer tudo ao mesmo tempo. Lê duas, três, quatro coisas ao mesmo tempo e não conclui nenhuma, assiti, ouve música, canta e pensa um turbilhão de coisas concomitantemente. Lúcia quer ser professora, jornalista, advogada, psicóloga, filósofa ...
Eita Lúcia! Com já disse Schopenhauer a vontade não faz parte do consciênte, a vontade não é inteligível, por isso Lúcia tem tantas vontades assim. Tu não sabes Lúcia que fazer tanta coisa ao mesmo tempo acaba não fazendo nenhuma direito? Lúcia sempre esquece o que ia falar... tava pensando em alguma coisa, mas agora estou ocupada procurando esta coisa em algum buraquinho do meu consciente ou inconsciente (vai saber! nessa cabeça louca que Lúcia possui), que teima em se esconder e eu teimo em procurar.
Lúcia é preciso objetividade, a objetividade é a plenitude da concretização. Mas amo tanto a subjetividade, é ela quem torna as coisas ímpares na sua essência.
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